Hoje não vi a neve, não senti frio, não caí sobre o gelo, não sofri nenhum ataque de Gygamalys; penso que eu estava quase a me acostumar com os desafios diarios propostos. O dia amanhecia e lá estava eu a pensar, qual será a nova proposta, será mais ou menos severa que a de ontem? Como somos adaptaveis tão facilmente. Quem sabe até conformados com o pouco que desfrutamos quando na verdade a nossa disposição há muito mais pelo caminho, basta sair e ir ao encontro que não muito longe encontramos um tesouro que pensavamos não existir. Um tesouro precioso escondido dentro de cada um nós. A descoberta é maravilhosa quando aprendemos que o quilometro a mais foi suficiente para nos mostrar que valeu a pena.
É, hoje não vi o semblante quase desfalecido, solicito por socorro, ofegante e tremendo onde o quilometro a mais logo se transformou em metros a serem conquistados lentamente, um a um.
Sem nivelameto, a vitoria não tem valor algum, torna-se insípido. Temos que está a altura do desafio proposto. Mas como saber se estamos ou não nivelados? Só ha uma maneira, é encarar e face a face sair a campo conquistando, explorando, transpondo os abstaculso que inesperadamente surgem sem aviso algum.
Hoje foi uma dia de sorrir, gargalhar, gritar, cantar, mas na vida, disse o sabio, há tempo para tudo. Tempo de juntar e tempo de espalhar, tempo de plantar e tempo de colher, para tudo um proposito, basta abrir os olhos da alma e lá, claro e nitido, veremos que não foi em vão. Valeu a pena ter caminhado aquele quilometro a mais. Sim, valeu a pena ter presenciado a agonia que logo se foi e cedeu lugar ao Homem que passava.
Nunca é tarde, o dia sem duvida algum é hoje. Ah! O primeiro passo, como é importante. É justamente esse primeiro passo que nos faz alcançar o cume da montanha que parecia tão longe, distante e imensuravel, intangivel, mas ao chegarmos ao topo, percebemos que somos bem maior, pois os pé tocam o ponto mais alto da montanha que nos fazia pequeno demais para enchergar a imensidão a ser conquistada.
Privilegiado? Sim! Pois sei que a grande multidão jamais pasará do sonho, na verdade devaneio tolo porque jamais se dispuseram a sair do porto seguro por puro medo; medo do vento, medo da chuva, medo do frio, medo do calor, medo de errar, medo de perder o que jamais tiveram. Contarão historias alheias a suas, de outrem, e assim viverão ilusoriamente. Vida efemera, transitoria, vida que não volta jamais, cheia de justificativas para melhor sabotar o direito a dadiva Divina que nos foi agraciada, o direito de viver. Passou!
Hoje não senti arrepios ....